Condições e qualidade de vida

Principais mensagens das políticas

As principais conclusões da investigação da Eurofound servem de contributo para os decisores políticos abordarem algumas das questões-chave neste domínio.

• A perceção das tensões na sociedade tem o impacto mais negativo na confiança nas instituições, enquanto a perceção da qualidade dos serviços públicos é um fator essencial para uma maior confiança nas instituições.
• É necessária uma maior oferta de cuidados continuados — com maior flexibilidade. Os cuidados e a assistência ao domicílio devem ser mais disponibilizados, especialmente nos Estados-Membros da UE onde o rendimento é mais baixo.
• O acesso rápido aos cuidados de saúde primários, aos cuidados sociais e aos cuidados continuados pode desencadear uma intervenção precoce e o acompanhamento da evolução das necessidades e evitar a escalada dos problemas de cuidados continuados.
• Os problemas de saúde mental estão a aumentar para os jovens, embora não seja claro se tal se deve a uma maior incidência ou a uma melhor sensibilização e diagnóstico. A saúde mental está estreitamente relacionada com outras questões relacionadas com a juventude e pode ser um resultado das desigualdades e uma fonte de desigualdade por si mesma. Os fatores de risco para as questões de saúde mental incluem a deficiência e as doenças prolongadas, os problemas familiares, os problemas de relacionamento com os pares e a utilização exagerada das redes sociais.
• Embora os níveis de confiança e coesão social tenham recuperado globalmente na UE desde a crise financeira, o início da COVID-19 teve um impacto significativo no bem-estar nos países mais afetados pela pandemia.
• Os jovens estão cada vez mais entre quem mais está a sofrer as consequências do confinamento: juntamente com os desempregados, os jovens reportam os níveis mais baixos de bem-estar, apesar de se terem verificado algumas melhorias desde o início da pandemia. Apesar de, desde abril de 2020, os jovens estarem mais satisfeitos e otimistas em relação à sua vida, continuam a sentir-se excluídos da sociedade e permanecem em maior risco de depressão, mostrando como são mais afetados pelas restrições durante o confinamento.
• Medidas para mitigar os riscos de saúde mental dos desempregados e dos jovens na sequência da COVID-19 serão críticas em novas vagas do Coronavírus. A prestação de apoio direcionado para permitir que aqueles que procuram trabalho voltem ao bom caminho e enfrentem o impacto da pandemia, bem como a garantia de que os jovens possam participar plenamente na sociedade, devem fazer parte das medidas políticas em curso.
• A crise da COVID-19 reduziu os níveis de otimismo e afetou mais o equilíbrio entre vida profissional e familiar das mulheres do que a dos homens. A reparação destes danos será fundamental para assegurar que as mulheres não sofram de forma desproporcionada as consequências da pandemia.
• A manutenção da confiança dos cidadãos nas instituições nacionais e europeias deve continuar a ser um objetivo central em tempos de crise, uma vez que o cumprimento das medidas de controlo da COVID-19 depende grandemente dos níveis de confiança nas instituições e no aconselhamento científico. O aumento dos níveis de confiança institucional expresso pelos inquiridos que beneficiaram de medidas de apoio também envia uma mensagem clara aos governos nacionais e à UE.

During 2021–2024, Eurofound’s research will provide an important insight into the challenges and prospects in the area of living conditions and quality of life in the EU and the role played by various initiatives aimed at alleviating the social hardship of various groups of citizens. Of particular interest are the implications for older people and care needs, youth and their social inclusion and social mobility, and the varying consequences of the crisis on men and women.

Public services across the EU played a major role in addressing the COVID-19 crisis while facing significant challenges and they will be assessed in greater detail, focusing on issues such as quality, access and affordability. As previous findings have shown, the crisis has had disproportionate effects on certain groups according to age, care responsibilities and work-life balance, and Eurofound will analyse this further.

In coordination with the European Institute for Gender Equality (EIGE), Eurofound intends to research the multidimensional gender gap by investigating the impact on men and women of the COVID-19 crisis in terms of employment participation, material living conditions and well-being – in order to identify the differences and assess its effect on gender gaps.

Eurofound’s research aims to assist policy action addressing the challenges and opportunities for the EU and national levels in the area of living conditions and quality of life. In particular, it will monitor the impact of COVID-19 and the ensuing economic crisis by providing knowledge on status, trends, risks, as well as ways to improve living conditions in the EU. Eurofound will focus on identifying and analysing pressing issues for the most vulnerable groups, specifically older citizens and young people. Eurofound will also inform policymakers by producing evidence on trends and drivers in relation to the delivery of public services, also linking in, for example, with the European Pillar of Social Rights.

The Agency’s work plan is aligned with the European Commission’s political guidelines over the next four years, directly feeding into a number of key policy areas aimed at creating a strong social Europe. In particular, the research will support policy initiatives and activities linked with the implementation of the European Gender Equality Strategy 2020–2025, the Youth Guarantee, the Child Guarantee and the European Semester and its country-specific recommendations.

• European Commission: Priorities 2019–2024: An economy that works for people
• European Commission: Priorities 2019-2024: Promoting our European way of life
• European Commission: Priorities 2019–2024: A new push for European democracy

In 2024, Eurofound continues to monitor trends in living conditions and quality of life, against the backdrop of the health-related and economic fallout of the COVID-19 pandemic, the implications of the war in Ukraine, rising energy prices, and increases in costs of living. Building on the various rounds of the Living, working and COVID-19 e-survey, as well as on data gathered in 2023, the Agency investigates the impact of these challenges on the living conditions of Europeans.

The European Working Conditions Survey (EWCS) commences in 2024, including some questions on working conditions and living conditions relevant to the aftermath of COVID-19. The European Quality of Life Survey (EQLS) follows in 2026 using lessons drawn from the 2024 EWCS.

Research concludes on identifying groups not covered by social protection, due to coverage gaps and non-take-up of minimum income and unemployment schemes. It also looks at adequacy of these benefits, digitalisation of application procedures, linked service entitlements and sanctioning measures. Eurofound also publishes its findings on EU citizens’ rights and opportunities to live independently. It analyses the situation faced by various vulnerable groups and provides an overview of measures that facilitate family- and community-based care and support in the Member States.

Building on previous work on young people, research concludes on the life and prospects of young people in the post-pandemic era. Using new data collected in 2023, this research assesses the long-term impact of the pandemic on this group, looking into changes in the social situation of young people, as well as their quality of life, mental health and future prospects.

Analysis of the monitoring framework of the European Child Guarantee comes to an end in 2024, while new research starts to support national governments and the EU institutions in the implementation and evaluation of the Child Guarantee since it came into force. This work investigates the Member States’ levels of performance and their disparities, building on its previous work on convergence. It focuses on the workforce needed to deliver the Child Guarantee in areas of early childhood education and care, education, healthcare and other relevant sectors.

Considering the importance of care provision in EU societies, new research investigates informal care provision in the EU, the challenges faced by informal caregivers, and the measures in place to support them. This research considers care provided to people of all ages, while taking into consideration the diversity among informal carers. 

Eurofound launches new research on mental health services, investigating trends in and prevalence of mental health problems for different groups and how these needs are met in various countries in light of the pandemic and the arrival of Ukrainian refugees.